terça-feira, 15 de setembro de 2015

PLATELMINTOS

            São vermes achatados dorsoventralmente, como uma folha de papel. Revelam um grau mais elevado de evolução quando comparados com os poríferos e cnidários, pois estes são animais diblásticos ou diploblásticos (durante o desenvolvimento embrionário só formam dois folhetos: ectoderma e endoderma) e os platelmintos já são animais triblásticos  ou triploblásticos (formam três folhetos embrionários: ectoderma, mesoderma e endoderma). Todavia, os platelmintos ainda se mostram acelomados, pois os seu mesoderma não se organiza em duas camadas capazes de se separar. Dessa maneira, não surge o celoma ou cavidade geral do corpo, espaço que, na maioria dos animais, separa as vísceras da parede corporal. Esses vermes possuem o corpo "maciço".
      Outro aperfeiçoamento que os platelmintos revelam em relação aos celenterados é a simetria bilateral do corpo.

            São encontrados no ambiente aquático ou até mesmo solos úmidos, sendo alguns endoparasitas.
         
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Seus sistemas são mais desenvolvidos nos platelmintos do que nos celenterados. O sistema nervoso possui células nervosas conglomeradas, formando gânglios. Estes se fundem na parte anterior do corpo e se fundem, formando um rudimento de cérebro, a que chamamos gânglios cerebróides.
Não possuem sistema circulatório, contudo, possuem um sistema excretor e um sistema reprodutor bem definidos.
Seu sistema excretor é constituído de um grande número de pequenas unidades interligadas chamadas células-flama ou solenócitos. Cada célula-flama é realmente uma célula na qual há uma depressão, existe um tufo de flagelos (ou cílios, como mencionam muitos autores) cujos movimentos lembram o bruxulear da chama de uma vela (daí o nome célula-flama). Essas células recolhem o excesso de água e os produtos finais do metabolismo das células vizinhas e, com o fluxo líquido provocado pelos movimentos dos tufos flagelares, os descarregam num sistema de canais que ligam tais unidades excretoras. Por esse sistema de canais, a água e os catabólitos são lançados ao exterior, vertendo por numerosos poros na superfície do corpo do animal.
Quanto à respiração, ocorre por difusão (os de vida livre, como a planária) ou, então, fazem a respiração anaeróbica (os endoparasitas, como as tênias ou solitárias).

Reprodução, podemos dizer que a maioria é hermafrodita, podendo ou não fazer a autofecundação. As planárias são hermafroditas (monóicas), mas só se reproduzem por fecundação cruzada. As tênias são hermafroditas autofecundantes. Os esquistossomos são dióicos, isto é, têm sexos distintos (do grego di, ‘dois’, e oikos, ‘casa’).
O filo dos platelmintos é dividido em três classes: Turbellaria, Trematoda e Cestoidea.
Classe Turbellaria
A classe dos turbelários corresponde ao modelo mais típico do filo. São todos platelmintos de vida livre e têm como representante a conhecida planária (Dugesia tigrina, antigamente chamada Euplanaria tigrina), habitante da água doce
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Classe Trematoda
Os trematódeos, bem como os cestódeos, que veremos a seguir, são platelmintos que perderam alguns caracteres comuns ao filo, sofrendo profundas transformações, com a atrofia ou regressão de certos órgãos e desenvolvimento de outros, com a finalidade de melhor se adaptarem aos hábitos parasitários. Por isso, dissemos antes que os platelmintos de vida livre, aquáticos, como os turbelários, constituem o modelo ou padrão do filo Platyhelminthes.
Os exemplos mais expressivos da classe são a Fasciola hepatica, parasita dos dutos biliares do carneiro, e o Schistosoma mansoni, parasita das veias do intestino humano. Ambos, por seu aspecto, lembram uma folha de árvore, mas o esquistossomo, bem menor (10 a 15 mm), particulariza-se pelo fato de possuir uma depressão longitudinal no meio do corpo — o canal ginecóforo (do grego gynaikos, ‘mulher’, e phorus, ‘portador’) — onde, durante o ato sexual, se aloja a fêmea, que é cilíndrica.


Classe Cestoda ou Cestoidea
Os cestóides ou cestódios (do rego kestos, ‘fita’ e eidos, ‘semelhante’) são vermes platelmintos de corpo alongado em forma de fita. Podem medir de alguns milímetros a muitos metros de comprimento. Ex: Taenia saginata, Taenia solium e Taenia echinococcus ou Echinococcus granulosus.



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