terça-feira, 26 de maio de 2020

Briófitas



Nome originado do grego bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta', são plantas muito pequenas em geral com alguns centímetros de altura, habitam preferencialmente locais úmidos e sombreados, contudo podem ser encontradas em ambientes secos, desérticos e até mesmo regiões polares.

Desempenham importante papel biológico, por serem indicadores ambientais; desempenham papel ecológico como produtores primários em muitos ecossistemas e atuam também como pioneiras em rochas, como alguns tipos de líquens.

Melhores representantes são os musgos, hepáticas e antóceros.

Estrutura das briófitas

O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas:

  • rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
  • cauloide - pequena haste de onde partem os filoides;
  • filoides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.


     Por serem organismos atraqueófitos (sem vasos condutores de seiva), não possuem caule, folhas e raízes e sim estruturas vegetativas que atuam como caule (cauloide), como folhas (filoides) e como raízes (rizoides). Isto também ajuda muito na limitação do tamanho desses vegetais, assim não possuem altura, contudo, podem formar verdadeiros tapetes sobre as superfícies que habitam.

Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água e nutrientes absorvidos do ambiente são transportados por difusão, ao longo do corpo do vegetal.

Musgos e hepáticas são os principais representantes das briófitas. O nome hepáticas vem do grego hepathos, que significa 'fígado'; essas plantas são assim chamadas porque o corpo delas lembra a forma de um fígado.

Os musgos são plantas eretas; as hepáticas crescem "deitadas" no solo. Algumas briófitas vivem em água doce, mas não se conhece nenhuma espécie marinha.

Hepática

Musgo com esporófito e cima

Reprodução das briófitas

Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo, são plantas sexuadas que representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.

Nas briófitas, os gametófitos em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical - onde terminam os filoides. Ali os gametas são produzidos. Os gametófitos masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os anterozoides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozoides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam.

Na planta feminina, os anterozoides nadam em direção à oosfera; da união entre um anterozoide e uma oosfera surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito, isto é, a fase produtora de esporos.


No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde - a fase sexuada chamada gametófito.

O musgo verde, clorofilado, constitui, como vimos, a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos.

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