domingo, 14 de junho de 2020

Angiospermas



Esse grupo vegetal é o que apresenta maior diversidade de espécies, sendo estimado um total de mais de 450.000 espécies diferentes. Entre exemplos de angiospermas, podemos citar: a roseira, a mangueira, o arrozeiro, o feijoeiro, a grama, os lírios, as orquídeas, o coqueiro, entre várias outras.
A palavra angiosperma vem do grego angeion, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta.
Características das angiospermas

        As angiospermas são plantas vasculares (apresentam vasos condutores) com sementes que apresentam como característica mais marcante a presença de flores e frutos. 


O termo angiosperma vem do grego angeion, que significa urna, e sperma, que significa semente. Analisando seu nome, podemos concluir, portanto, que ele está relacionado a uma de suas características exclusivas: a presença de fruto envolvendo a semente.
Os frutos são formados a partir do desenvolvimento do ovário das flores após o processo de fecundação. Eles são importantes para o sucesso desse grupo de plantas, uma vez que atuam protegendo a semente e auxiliam na dispersão dessas estruturas.
Além dos frutos, as flores foram importantes para garantir que as angiospermas tornassem-se o grupo de plantas com maior número de representantes. Essa estrutura, que será discutida mais profundamente a seguir, está relacionada com o processo de polinização. Flores vistosas e que liberam odores são essenciais para garantir a atração de polinizadores.
 Ciclo de vida das angiospermas
         O ciclo de vida das angiospermas é complexo e envolve o processo de dupla fecundação.
O ciclo de vida das angiospermas é complexo, quando comparado ao de outros grupos vegetais. Iniciaremos esse ciclo pelo processo de polinização, ou seja, o momento em que ocorre a transferência do pólen produzido na antera para o estigma.
Quando grão de pólen é liberado na antera, ele possui uma célula vegetativa e uma célula geradora, a qual se divide e forma os dois gametas masculinos (núcleos espermáticos). A célula vegetativa será responsável pela formação do tubo polínico, que garantirá a transferência dos gametas até a parte feminina da flor.
O gametófito feminino maduro de uma angiosperma é chamado saco embrionário. Nele, são encontradas geralmente sete células, as quais possuem oito núcleos. Essas sete células são a oosfera (gameta feminino), duas sinérgides, três antípodas e uma célula central com dois núcleos.
O grão de pólen, ao chegar no estigma da flor, germina e produz o tubo polínico, que cresce pelo estilete até chegar no ovário, penetra no óvulo pela micrópila (abertura do óvulo) e encontra o saco embrionário.
No momento da fecundação, os dois gametas masculinos atuarão (dupla fecundação). Um une-se à oosfera, produzindo o embrião, e o outro une-se aos dois núcleos polares, formando o endosperma, uma estrutura triploide. Esse endosperma fornecerá nutrientes ao embrião durante o desenvolvimento.
O embrião desenvolve-se e os tegumentos do óvulo originam os envoltórios da semente. O ovário da flor, então, desenvolve-se em fruto. Caso a semente encontre um local adequado para a sua germinação, ela originará um novo indivíduo (esporófito).

Flor
A flor é uma estrutura extremamente importante para as angiospermas, sendo essa estrutura um ramo muito modificado que cresce por tempo limitado. Uma flor apresenta partes estéreis e partes reprodutivas, as quais emergem no receptáculo (região dilatada).

Observe atentamente as partes da flor.
     Os apêndices estéreis são as pétalas e as sépalas. Geralmente, as sépalas apresentam a cor verde, e as pétalas apresentam cores variadas, comumente vistosas. O conjunto de sépalas de uma flor, formam um cálice, enquanto o conjunto de pétalas forma a corolaSépalas e pétalas, juntas, formam o perianto.
    Temos ainda as partes reprodutivas: estames e carpelos. Os estames são a porção da planta onde são produzidos o pólen. O estame é formado pelo filete e pela antera, sendo, esse último, o local onde o pólen é produzido. O conjunto de estames forma o androceu.
      O carpelo é a parte da flor onde estão os óvulos. Cada carpelo apresenta três partes básicas: o estigma, o estilete e o ovário. O estigma é o local onde o grão de pólen é depositado, o estilete é a porção por onde o tubo polínico cresce, e o ovário é o local onde estão os óvulos. O conjunto de carpelos forma o gineceu.
Fruto
Os frutos são formados a partir do desenvolvimento do ovário após o processo de fecundação. Em alguns casos, outros tecidos, além do ovário, desenvolvem-se e formam partes carnosas. Nesse último caso, temos um fruto acessório, anteriormente chamado de pseudofruto.
No fruto, é possível observar três importantes camadas, o exocarpo, o mesocarpo e o endocarpo. O exocarpo é a camada mais externa; o mesocarpo, a camada intermediária; e o endocarpo, a mais interna.
De uma maneira geral, os frutos podem ser classificados em simples, agregados e múltiplos. Os frutos simples são aqueles que se desenvolvem a partir de um único carpelo ou vários carpelos que estão unidos. Como exemplo, podemos citar o abacate.
Os chamados de frutos agregados são aqueles formados a partir de uma flor que possui carpelos separados. Como exemplo, podemos citar a framboesa. Os frutos múltiplos, por sua vez, são aqueles que se formam a partir de uma inflorescência. Como exemplo, podemos citar o abacaxi.
Classificação das angiospermas
A classificação das angiospermas está em constante mudança, uma vez que, conforme a tecnologia desenvolve-se fica mais fácil compreender as relações de parentesco entre as espécies. Atualmente, costuma-se classificar as angiospermas em monocotiledôneas, eudicotiledôneas, magnolídeas e um grupo com plantas denominado de “angiospermas basais”.
Os maiores grupos de angiospermas são as monocotiledôneas e as eudicotiledôneas. Esses dois grupos possuem algumas características que auxiliam na sua diferenciação. São elas:







Links Importantes:

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Gimnospermas


Gimnospermas

          São as primeiras plantas a produzirem sementes, por isso o nome gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente'), seu surgimento foi propício, devido as grandes mudanças climáticas durante o Mesozoico, pois o clima se tornou mais seco e frio.


Este grupo desenvolveu características evolutivas que permitiram sua dispersão no globo, tais como a produção de grãos de pólen, o que permitiu a reprodução sem a presença de água e o desenvolvimento de sementes que protegem o embrião por um tecido nutritivo e uma casca protetora. Contudo ainda não foram capazes de produzir flores e frutos. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequoias e os ciprestes.

Características
As gimnospermas fazem parte do grupo das plantas vasculares com sementes, assim como as angiospermas. Entretanto, nas gimnospermas observa-se a ocorrência de sementes sem a presença de frutos envolvendo-as.
Nas gimnospermas, não se observa a presença de flores, sendo, em alguns casos, o estróbilo chamado erroneamente dessa forma. Os estróbilos, também chamados de cones, são, na realidade, estruturas reprodutoras que possuem folhas modificadas capazes de produzir esporos. Nas gimnospermas, encontramos estróbilos capazes de produzir pólen e estróbilos capazes de produzir óvulos.
Estróbilos: O mais comprido produz os grãos de pólen os outros os gametas femininos

Reprodução
Para a reprodução, as folhas modificam-se originando os estróbilos masculinos (microstróbilos) e estróbilos femininos (megastróbilo). Algumas espécies podem produzir somente estróbilos masculinos ou femininos, são denominadas dioicas.

Nos megastróbilos são produzidos, por meiose, os megásporos. Eles ficam retidos nos megasporângios, onde desenvolvem-se no interior do óvulo e originam o gametófito feminino. A partir do gametófito feminino surgem dois ou mais arquegônios, em cada um diferencia-se uma oosfera, o gameta feminino.
Nos microstróbilos, os microsporângios produzem, por meiose, os micrósporos. Desses micrósporos surgem os grãos-de-pólen, também chamados de gametófitos masculinos. Eles ficam armazenados no microstróbilo até serem liberados no ar.
Nesse momento, ocorre a polinização realizada pelo vento (anemofílica). Os grãos-de-pólen viajam pelo ar até encontrar a abertura do óvulo. Quando isso ocorre, eles germinam e originam o tubo polínico que cresce e alcança o arquegônio. Isso possibilita que os gametas masculinos fecundem a oosfera e originem o zigoto.
Desse processo surge o pinhão, que é a semente, ou seja, o portador do óvulo fecundado, o embrião.

Links:



quarta-feira, 3 de junho de 2020

Pteridófitas





 Os principais representantes são as samambaias, xaxins, avencas, cavalinhas entre outras.
Também chamadas de plantas vasculares sem sementes, pois, apresentam, como características mais marcantes, a presença de vasos condutores de seiva (xilema e floema) e a ausência de sementes (não produzem sementes para reproduzirem).
A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'. Esse nome se deve pôr suas folhas em brotamento apresentarem uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno.
Báculo, lembra um feto humano
          É o primeiro grupo vegetal vascular, possuem um sistema condutor de seivas, isso permitiu que as plantas atingissem alturas maiores.     
          Esse sistema vascular é composto por dois tipos de tecido: o xilema e o floema.
          O xilema é responsável pelo transporte das substâncias absorvidas pelas raízes, como água e sais minerais, chamada de seiva bruta. Já o floema é responsável pelo transporte dos açúcares, glicose, produto da fotossíntese; também chamado de seiva elaborada.
          São encontradas em ambientes úmidos, ou com grande presença de água, pois dependem da mesma ara a realização da reprodução.
São plantas que possuem caule, em geral subterrâneo, principalmente no grupo das samambaias, folhas e raízes, todos verdadeiros.
Estruturas de uma samambaia
Ciclo reprodutivo
          Apresentam alternância de gerações, ou seja, como as briófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada.
As pteridófitas possuem a fase assexuada (esporófito) como predominante.
 Por exemplo: A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito.
Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros e em cada soro são produzidos inúmeros esporos. O surgimento desses soros indica que as samambaias estão em época de reprodução.
Soros
Quando os esporos estão maduros, os soros se abrem liberando muitos esporos que caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo (aquela plantinha em forma de coração).

 
Protalo
protalo (fase sexuada) das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundando-a; surgindo assim o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.
O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.
 
 



 Links Importantes: