terça-feira, 21 de julho de 2020

Anatomia Vegetal: FOLHAS


São as estruturas mais visíveis, das mais diferentes formas, tamanhos e até cores. Em geral é a parte verde mais exposta à luz. São os órgãos vegetativos produzidos pelo ápice do sistema caulinar e por ele sustentados em posições favoráveis à sua exposição à luz.
Classificação das folhas - Biologia Net
FUNÇÕES
Entre as diversas funções que as folhas realizam na planta, como respiraçãotranspiraçãoreserva de nutrientes e até defesa contra herbívoros e patógenos, podemos destacar a fotossíntese, processo este de estrema importância para a planta, pois sintetiza seu alimento e libera para o ambiente gás oxigênio, que permite a sobrevivência da maioria das espécies animais.
PARTES DA FOLHA
            Em geral as folhas são constituídas por 5 partes, sendo a bainha, pecíolo e limbo as três principais:
  • Limbo ou Lâmina – é a parte mais evidente da estrutura da folha, é achatada em geral de cor verde, de superfície plana e ampla.
  • Pecíolo – parte estreita que fica localizada entre o limbo e o caule, ele sustenta e conecta a lâmina ao caule.
  • Bainha – é uma dilatação na região de inserção ao caule; a parte inferior da folha sendo responsável por proteger a estípula.
  • Estípula – é um apêndice foliar que protege o pecíolo.
  • Nervuras – são os vasos condutores de seivas, distribuem água e nutrientes à todas as células foliares.


TIPOS DE FOLHAS
Quando as folhas apresentam as três partes principais, elas são denominadas de completas. Portanto algumas folhas, são incompletas e podem apresentar apenas bainha e limbo (invaginantes), apenas limbo (sésseis) e apenas pecíolo (filódios). Quando o limbo da folha se apresenta indiviso, essa folha é denominada de simples; quando apresenta um limbo subdividido em folíolos, estando esses folíolos ligados a uma raque, é chamada de composta.
 



CLASSIFICAÇÃO DAS FOLHAS
As folhas apresentam um grande polimorfismo (variedade de formas), acabam sendo classificadas de diversas formas: quanto à margem das folhas (bordas), a posição do pecíolo, a disposição das nervuras, a disposição e número de folíolos, a superfície, a base, filotaxia, entre outras.
1. Quanto à margem das folhas:

2. Quanto aos tipos de limbo:
·        Simples: limbo não dividido;
·        Composta: o limbo é dividido em folíolos.

3. Quanto à posição do pecíolo:
·        Peciolada: presença de pecíolo;
·        Peltada: o pecíolo encontra-se preso ao meio da lâmina foliar;
·        Séssil: ausência de pecíolo e a lâmina prende-se diretamente ao caule.

4. Quanto ao aspecto das nervuras, há dois tipos principais:
·        Paralelinérveas: com nervuras paralelas;
·        Peninérveas: com uma nervura mediana da qual saem ramificações.
As folhas paralelinérveas ocorrem em monocotiledôneas 
As folhas peninérveas, em eudicotiledôneas

5. Quanto à superfície:
·        Glabra: não há a presença de tricomas (células epidérmicas especializadas);
·        Pilosa: a superfície apresenta-se revestida de tricomas, semelhantes a pelos;
·        Lisa: apresenta o limbo liso;
·        Rugosa: o limbo apresenta-se enrugado.

6. Quanto à forma do limbo, há uma grande diversidade, por isso, serão apresentadas algumas das mais comuns:
·        Ovada ou oval: com a parte mais larga próximo à base;

Folha oval apresenta a base mais larga que o ápice
·        Cordiforme: apresenta a base mais larga, com reentrâncias, lembrando a forma de um coração;

Folha cordiforme lembra a forma de um coração
·        Elíptica: apresenta o comprimento duas vezes maior que a sua largura, sendo a região central do limbo a mais larga;

Folha elíptica apresenta a região central mais larga
ADAPTAÇÕES DAS FOLHAS
            Ao longo do processo evolutivo muitas plantas desenvolveram adaptações foliares, que permitiram sua sobrevivência no ambiente terrestre. Eis algumas:
·        Brácteas – são folhas especiais que se fixam na base do pedicelo da flor e são vistosas com cores muito fortes. São comuns em plantas cujas pétalas são muito pequenas ou inexistentes.

·        Espinhos – Possuem a função de evitar a perda de água para o ambiente, além de proporcionar uma maior proteção à planta.

·        Gavinhas foliares – encontradas nas ervilhas, possuem a mesma função das gavinhas do caule, e servem para fixação em algum substrato.

·        Carnívoras - As folhas de plantas carnívoras apresentam modificações que garantem a captura de organismos, atraindo e prendendo-os. Essa forma complementar de adquirir compostos orgânicos é importante porque essas plantas vivem em solos relativamente pobres.
jj
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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Anatomia Vegetal: Caule


CAULE
Os caules são estruturas aéreas da planta que crescem perpendiculares ao solo e são responsáveis por sustentar seus órgãos e fazer a condução da seiva.
É associado a duas funções básicas: suporte e condução de seiva. O caule sustenta as folhas, flores e frutos da planta, possibilitando ainda, o transporte de substâncias entre as raízes e folhas. Pode ainda ser verde e realizar fotossíntese, embora não seja sua principal função.
Estruturas do Caule
É composto por nós, em geral por onde nascem as folhas, entrenós, região entre dois nós consecutivos. Possui ainda as gemas, que podem ser:
- Gema Apical – localizada no ápice do caule, responsável pelo crescimento e desenvolvimento das partes aéreas.
- Gema Lateral -  posicionada no encontra da folha com o caule (axila das folhas), responsável pela produção dos ramos laterais e das flores.

Tipos de Caule

Pode ser de três tipos:
ü  Subterrâneosestes se desenvolvem abaixo do solo, podendo ser de três tipos diferentes:
ØTubérculos - Os tubérculos são caules subterrâneos que acumulam substâncias de reserva energética.
Por isso, muitas vezes os tubérculos são comestíveis. Exemplo: batata, inhame, cará.
Na superfície dos tubérculos também são encontradas as gemas, as quais podem originar novas plantas.

ØBulbossão caules e folhas subterrâneas que podem armazenar substâncias de reserva. apresentam uma forma discoide. Enquanto as suas folhas são suculentas e armazenam substâncias. São exemplos de bulbos, a cebola e o alho.

ØRizomas - Os rizomas são caules subterrâneos que crescem de forma horizontal e podendo sofrer ramificações. Apresentam gemas, de onde surgem as brotações para dar origem a novas plantas. Sendo encontrados nas bananeiras, gengibre e samambaias.


ü  Aquáticos se desenvolvem dentro da água em plantas aquáticas, podem apresentar também em grandes quantidades aerênquimas. São exemplos de caules aquáticos os encontrados na vitória-régia, aguapé e elódea.

ü  Aéreossão aqueles que se desenvolvem acima do solo ou substrato, é o tipo mais variado e com maior quantidade de representantes.
ØTronco É um tipo de caule aéreo ereto, um dos mais comuns que existem. Ele apresenta estrutura cilíndrica que pode ter ramificações. É mais comum de ser encontrado em plantas de médio a grande porte. É o tipo de caule característico das grandes árvores.

ØHaste É um tipo de caule aéreo e ereto. Apresenta estrutura mole e frágil, com coloração esverdeada. O exemplo mais típico de haste ocorre no caule das couves e de algumas ervas.

ØColmo - A sua principal característica é a presença de nós e entrenós visíveis em toda a sua extensão. Os entrenós formam gomos que podem ser ocos, como no bambu, ou preenchidos, a exemplo da cana-de-açúcar.

ØEstipeÉ um caule ereto, rígido e longo. Em geral, ele não se ramifica e as folhas sempre surgem no seu ápice. As palmeiras são os exemplos clássicos de plantas com caule do tipo estipe.

ØRizóforoÉ um tipo de caule aéreo que tem como característica principal o geotropismo positivo, crescendo em direção ao solo, no mesmo sentido da gravidade. Essa condição favorece o surgimento de raízes adventícias, importantes para o desenvolvimento de plantas no mangue.

Ø RastejanteÉ um tipo de caule que forma estruturas finas e longas paralelamente ao solo, se espalhando. Muito típicos de abobrinhas e melancias.

Ø VolúveisTambém chamados de trepadores, formam estruturas finas e longas que se apoiam em um suporte e crescem sobre ele por meio de estruturas de fixação. Muito comum em chuchus, heras e jasmins.

Adaptações do Caule
Devido as necessidades adaptativas, algumas espécies vegetais desenvolveram adaptações em seus caules. Eis algumas:
Ø Espinhos: São modificações do caule que crescem nas axilas das folhas. Essas estruturas rígidas, pontiagudas e não fotossintetizantes exercem a função de proteção contra a herbivoria. Em alguns casos especiais de interação inseto-planta, servem de abrigo para outras espécies que auxiliarão na defesa da planta, como ocorre em acácias.

Ø Gavinhas: Estruturas alongadas que se enrolam em um suporte auxiliando na sustentação dos caules. Podem apresentar discos adesivos em suas extremidades, o que aumenta a sua eficiência. Essas estruturas são encontradas apenas em algumas angiospermas, como no maracujazeiro e na parreira.


Ø Cladódios: são modificações que assumem uma forma semelhante às folhas e possuem como funções o armazenamento de água e a realização de fotossíntese. A presença de gemas nas axilas pode ser uma característica utilizada para fazer a diferenciação entre folhas verdadeiras e cladódios, pois as gemas estão presentes nas folhas, e não nos cladódios. Alguns exemplos são os ramos dos cactos e dos aspargos.

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