É a área da biologia que estuda a hereditariedade, a
transmissão de características de pais para filhos, ao longo das gerações.
As primeiras ideias eram provenientes do senso comum. Por
exemplo , a partir da observação de que os filhos se assemelham aos pais.
PRIMEIRAS IDEIAS
No século V a.C. Alcmeon de Crotona, acreditava que os
homens e mulheres tinham sêmen e que este se originava no cérebro, o sexo da
criança era determinado pela preponderância do sêmen de um dos pais.
Já
para Empédocles, Século IV a.C., o calor do útero era decisivo na determinação
do sexo da criança.
Anaxágoras postulava que o sêmen ocorria apenas no homem e
continha um protótipo de cada órgão do futuro ser; as fêmeas seriam apenas
receptoras e nutridoras do ser pré-formado.
PANGÊNESE
A hipótese mais consistente foi proposta por Hipócrates,
final do século IV a.C., denominada de pangênese, que dizia que cada órgão ou
parte do corpo de um organismo vivo produzia partículas hereditárias chamadas
gêmulas, que eram transmitidas aos descendentes no momento da concepção. Elas
migravam para o sêmen do macho e da fêmea, sendo assim passadas para os filhos.
Um
século depois, Aristóteles escreveu um tratado sobre o desenvolvimento e a
hereditariedade dos animais, onde distinguiu 4 tipos de geração:
a)
abiogênese
b)
brotamento
c)
reprodução
sexuada sem cópula
d)
reprodução
sexuada com cópula
Neta
última acreditava que resultava da contribuição diferencial dos sexos: a fêmea
fornecia a matéria básica que constituía e nutria o ser em formação e o macho
fornecia por meio do sêmen a “essência”, transmitindo a alma, fonte da forma e
dos movimentos.
BASES DA HEREDITARIEDADE
No século XVII o médio inglês Willian Harvey propôs que todo
animal se origina de um ovo produzido pela fêmea e que era fertilizado pelo
sêmen do macho para originar um novo ser.
No século XVIII surgiram duas correntes de explicação para
essa idéia.
PRÉ-FORMAÇÃO – afirmava que
havia um ser pré-formado no ovo,
desenvolvimento consistia apenas no crescimento.
EPIGÊNESE – o ovo continha um
material amorfo, com potencial para originar um novo ser, que iria se
estruturando e diferenciando ao longo do desenvolvimento.
No final do século XIX que se
consolidou a idéia de que na reprodução, a formação de um novo ser envolve a
fusão de duas células gaméticas, uma fornecida pelo macho e outra pela fêmea,
processo denominado de fecundação.
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