domingo, 24 de fevereiro de 2013

Introdução à Genética


         É a área da biologia que estuda a hereditariedade, a transmissão de características de pais para filhos, ao longo das gerações.
         As primeiras ideias eram provenientes do senso comum. Por exemplo , a partir da observação de que os filhos se assemelham aos pais.


PRIMEIRAS IDEIAS

         No século V a.C. Alcmeon de Crotona, acreditava que os homens e mulheres tinham sêmen e que este se originava no cérebro, o sexo da criança era determinado pela preponderância do sêmen de um dos pais.
         Já para Empédocles, Século IV a.C., o calor do útero era decisivo na determinação do sexo da criança.
         Anaxágoras postulava que o sêmen ocorria apenas no homem e continha um protótipo de cada órgão do futuro ser; as fêmeas seriam apenas receptoras e nutridoras do ser pré-formado.

PANGÊNESE

         A hipótese mais consistente foi proposta por Hipócrates, final do século IV a.C., denominada de pangênese, que dizia que cada órgão ou parte do corpo de um organismo vivo produzia partículas hereditárias chamadas gêmulas, que eram transmitidas aos descendentes no momento da concepção. Elas migravam para o sêmen do macho e da fêmea, sendo assim passadas para os filhos.
Um século depois, Aristóteles escreveu um tratado sobre o desenvolvimento e a hereditariedade dos animais, onde distinguiu 4 tipos de geração:
a)     abiogênese
b)    brotamento
c)     reprodução sexuada sem cópula
d)    reprodução sexuada com cópula

Neta última acreditava que resultava da contribuição diferencial dos sexos: a fêmea fornecia a matéria básica que constituía e nutria o ser em formação e o macho fornecia por meio do sêmen a “essência”, transmitindo a alma, fonte da forma e dos movimentos.

         BASES DA HEREDITARIEDADE

         No século XVII o médio inglês Willian Harvey propôs que todo animal se origina de um ovo produzido pela fêmea e que era fertilizado pelo sêmen do macho para originar um novo ser.
         No século XVIII surgiram duas correntes de explicação para essa idéia.
PRÉ-FORMAÇÃO – afirmava que havia um ser pré-formado no ovo,  desenvolvimento consistia apenas no crescimento.
EPIGÊNESE – o ovo continha um material amorfo, com potencial para originar um novo ser, que iria se estruturando e diferenciando ao longo do desenvolvimento.

No final do século XIX que se consolidou a idéia de que na reprodução, a formação de um novo ser envolve a fusão de duas células gaméticas, uma fornecida pelo macho e outra pela fêmea, processo denominado de fecundação.

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