Uma grande
vantagem evolutiva para os seres vivos, com certeza foi a reprodução sexuada,
pois esta proporciona um aumento considerável na diversidade genética das
espécies, afinal ela ocorre pela união de genótipos de indivíduos diferentes,
durante a fusão dos gametas masculinos e femininos.
Na grande
maioria dos animais, existem organismos machos, que produzem gametas masculinos
e organismos fêmeas, que produzem gametas femininos e a união destes gametas
forma um novo organismo com características herdadas dos dois.
Essas
espécies com sexos separados são denominadas de dioicas (do grego di, dois, e oikos, casa), cada sexo tem sua “casa”. Porém existem espécies com
uma única “casa” para ambos os sexos, sendo denominadas de monoicas (do grego monos, um), assim um único indivíduo
pouse a capacidade de produzir os dois gametas, masculino e feminino.
Nas
espécies dioicas o que torna um indivíduo macho ou fêmea é a atuação de seus
genes correspondentes, que pode ser definido no momento exato da fecundação,
pela combinação cromossômica dos gametas (caso dos mamíferos) ou influenciado
pelo ambiente, como algumas espécies de lagarto, cuja temperatura determina a
atuação de certos genes. Estes genes passam a atuar desenvolvendo o dimorfismo
sexual entre macho e fêmea.
Cromossomos e Sexo
O
dimorfismo sexual entre muitos seres vivos ocorre devido a presença de cromossomos sexuais, cromossomos
específicos para o sexo biológico do organismo (macho e fêmea). Os outros pares
de cromossomos são equivalentes tanto na fêmea quanto no macho, sendo
denominados de autossomos.
Na maioria
dos seres vivos, seus gametas
possuem apenas metade dos cromossomos, sendo denominados de haploides (n) e nas células somáticas, aquelas que formam todo o organismo vivo possuem o dobro
dos cromossomos, sendo denominadas de diploides
(2n). Exemplo: nos seres humanos temos 46 cromossomos nas células
somáticas, ou 23 pares, já nos gametas (espermatozoides e óvulos) temos 23
cromossomos apenas.
Isso é de
suma importância, pois quando ocorre a fecundação (união de espermatozoide com
óvulo) as células voltam a ser diploides.
Sistemas Cromossômicos de Determinação do Sexo
Nos
organismos dioicos, um deles é responsável pela determinação do sexo. Para isso
ocorrer um indivíduo possui sexo
homogamético, produz somente gametas sexuais iguais, e o outro possui sexo heterogamético, produz gametas
sexuais diferentes. Por exemplo na espécie humana, a mulher só produz gametas X, pois seus cromossomos sexuais são XX, já o homem produz dois tipos de
gametas sexuais, o X e o Y, pois seus cromossomos sexuais são XY.
SISTEMA XY
Neste
sistema de determinação cromossômica do sexo, a fêmea possui cromossomos
sexuais homólogos X, enquanto que o
macho possui um cromossomo sexual X semelhante
ao da fêmea e um exclusivo, o Y.
Ocorre em
diversos tipos de insetos, nos mamíferos, incluindo nós seres humanos, em
diversos peixes e até algumas plantas.
SISTEMA X0
Neste
sistema, comum em alguns insetos, como gafanhotos. As fêmeas possuem dois cromossomos
sexuais homólogos XX e os machos
possuem somente um cromossomo, o X,
sendo o outro ausente. Então as fêmeas são XX e os machos X0.
SISTEMA ZW e Z0
Em algumas
espécies de répteis, peixes e insetos, como mariposas e borboletas, que
determina o sexo são as fêmeas e não os machos, ou seja, os machos possuem
cromossomos sexuais homólogos ZZ e
as fêmeas que possuem cromossomos sexuais diferenciados, sendo ZW ou Z0
Herança Ligada ao Sexo
Os
cromossomos sexuais X e Y não são iguais, o cromossomo X é maior e possui uma
grande quantidade de genes responsáveis pela determinação de diversas
características; já o Y por ser menor tem poucos genes.
Os genes
localizados no cromossomo X (ou Z) e não possuem correspondente no Y (ou W),
possuem a denominada herança ligada ao
cromossomo sexual. Nesta herança os descendentes do sexo masculino herdam
os genes ligados ao X somente da mãe, pois o pai forneceu o Y; já as filhas
herdam metade da mãe e metade do pai, assim o pai transmite os genes do
cromossomo X somente para as filhas.
DALTONISMO
Também
chamada de cegueira das cores, pois a pessoa afetada não consegue distinguir
algumas variações de cores existentes, é um tipo de herança ligada ao sexo,
onde os genes envolvidos estão presentes no cromossomo X.
O
daltonismo é condicionado pelo alelo recessivo d, enquanto que o alelo dominante D, condiciona a visão normal.
Assim temos os possíveis genótipos:
Nota-se que
nos casos de herança ligada ao sexo, o homem possui maiores chances de herdar o
fenótipo alterado, uma vez que ele possui apenas um cromossomo X em sua
constituição.
HEMOFILIA
Esta
herança ligada ao sexo, está relacionada com a dificuldade na coagulação
sanguínea, ou seja, um corte demora para parar de sangrar, ou nem para.
Também está
ligada ao cromossomo X, é condicionada pelo alelo recessivo h enquanto que seu alelo dominante H determina a coagulação normal do
sangue.
Nota-se que
é parecido com o daltonismo, no quesito distribuição e possibilidade de
manifestação.
HERANÇA INFLUENCIADA EPELO SEXO
São
condições genéticas na qual determinadas manifestações de genes ocorrem,
contudo estes não estão presentes nos cromossomos sexuais, mas, o cromossomo
sexual presente ou não afeta a manifestação desses genes.
Quando um
gene age dominante em um sexo, mas recessivo em outro, é considerado que é uma herança ligada ao sexo.
Um bom
exemplo é a calvície, quando os genes são homozigotos dominantes, ambos os
sexos manifestam a calvície e quando são homozigotos recessivos, ambos os sexos
não manifestam; contudo, quando ocorre a heterozigose, somente os homens
manifestam a calvície.
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